ÁGUAS DO AMAR
Primeiro momento ( Inspiração)
Amo o verbo amar
em todas conjugações.
Beberei dessa água
inda que se torne sangue.
E antes que vinagre seja
a ecoar em fel
no infinito palatino
creiamos na alquimia do amor
ao fazer-se vinho.
em todas conjugações.
Beberei dessa água
inda que se torne sangue.
E antes que vinagre seja
a ecoar em fel
no infinito palatino
creiamos na alquimia do amor
ao fazer-se vinho.
Olá leitores do Oficina do Verso, o texto acima passou por dias de estudo e discussões com Joaquim Moncks, diversas edições em busca do crescimento da forma estética. Perceba que quando temos essa proposta, a do estudo, não nos conformamos com o primeiro momento do nascimento do poema, o da intuição. Embora alguns poetas considerem a "transpiração", que segundo JM é o segundo momento da criação poética (ou literária), uma espécie de "toque" do autor.
No entanto, comungo da teoria do "poetinha" e assim sendo, após quase três dias de discussões, de tentativas e erros, encontrei a " saída" para substituir o som ruim do " a ecoar", para pulsante.
Nosso projeto não propõe uma teoria fundamentalista, por este motivo, vamos inciar esta oficinação on line e aberta, para despertar em algumas cucas, ou não, a experiência da transpiração. O farei com textos meus e textos do Joaquim, pois sabemos que a maioria dos poetas-autores não aceita que seu texto seja analisado. Porém, todos que quiserem uma análise, enviei para livrooficinadoverso@gmail.com que publicaremos a análise do Poetinha aqui no Blog, ok?
Eis o formato estético atual do poema Águas do Amar.
O NASCIMENTO DO POEMA
Vez em quando entro em “estado de Poesia”, que é quando os
versos surgem: coelhos saltitantes de dentro de uma cartola, enquanto
o mágico faz as suas estripulias no palco... Este “estado de
Poesia” é uma situação incomum em que o ser (como um todo)
energizado expele as palavras quase sem controle racional. É uma
situação inusitada e inquietante para mim – criador compulsivo,
porque permanentemente condenado ao pensar – momento fático
a que o meu querido e saudoso mestre de humanidades Zeferino
Paulo Freitas Fagundes chamava de “transe”, ao me iniciar nos mistérios
da poesia, lá pela década de 80 do séc. XX. Naquele instante
prazeroso, os versos nascem experimentais, dançarinos e ansiosos,
rítmicos e ágeis. Os mesmos coelhos da cartola do mago de ocasião
embasbacado com a sua dádiva ao público eventual. O dado
mais interessante é que se altera a temperatura de todo o corpo e
este começa a transpirar, quase que imediatamente. No verão – por
vezes, quando manuscrevia – o lápis ou caneta caía dos dedos e o
papel sobre o qual se apoiava minha mão direita, ficava empapado
de suor, tal era a energia trespassada pelo ato de criação. Então,
tinha que trocar o papel, porque a anotação ficava ilegível... Este
quase-poema “INSINUAÇÃO”, registrado em vídeo e publicado
na página @blogrevistaoficinadoverso é um exemplar nascido sob
a regência deste processo de transe, e acompanhado por um vinho
cabernet sauvignon – o sangue da terra meu preferido – a saudar a
vida e a beleza posta no mundo, para que a enxerguemos e sigamos
em frente com alegria. Pelo vídeo, na minha voz, registra-se o rabisco,
a garatuja da INSPIRAÇÃO. Este primeiro momento serviu
como aporte inicial para o poema em seu formato definitivo – por
enquanto, porque pra mim o poema nunca está pronto.
Escreva aqui seus comentários e envie seus poemas para a nossa coluna Oficinando Versos. Seja bem vindo!
Até a próxima. Darcila Rodrigues.
Nosso projeto não propõe uma teoria fundamentalista, por este motivo, vamos inciar esta oficinação on line e aberta, para despertar em algumas cucas, ou não, a experiência da transpiração. O farei com textos meus e textos do Joaquim, pois sabemos que a maioria dos poetas-autores não aceita que seu texto seja analisado. Porém, todos que quiserem uma análise, enviei para livrooficinadoverso@gmail.com que publicaremos a análise do Poetinha aqui no Blog, ok?
Eis o formato estético atual do poema Águas do Amar.
ÁGUAS DO AMAR
Estudo II - Reeditado em estudo para o formato estético definitivo.
Estudo II - Reeditado em estudo para o formato estético definitivo.
Amo o verbo
em todas conjugações.
Beberei dessa água
inda que se torne sangue.
E antes que vinagre seja
pulsante palatino infinito
cristalizado em fel
creiamos na alquimia do amor
ao fazer-se vinho.
em todas conjugações.
Beberei dessa água
inda que se torne sangue.
E antes que vinagre seja
pulsante palatino infinito
cristalizado em fel
creiamos na alquimia do amor
ao fazer-se vinho.
Publicado no Facebook em 24 de janeiro de 2016.
https://web.facebook.com/darcilarodriguesoficinadoverso/posts/919761508035393?pnref=story23
O NASCIMENTO DO POEMA
Vez em quando entro em “estado de Poesia”, que é quando os
versos surgem: coelhos saltitantes de dentro de uma cartola, enquanto
o mágico faz as suas estripulias no palco... Este “estado de
Poesia” é uma situação incomum em que o ser (como um todo)
energizado expele as palavras quase sem controle racional. É uma
situação inusitada e inquietante para mim – criador compulsivo,
porque permanentemente condenado ao pensar – momento fático
a que o meu querido e saudoso mestre de humanidades Zeferino
Paulo Freitas Fagundes chamava de “transe”, ao me iniciar nos mistérios
da poesia, lá pela década de 80 do séc. XX. Naquele instante
prazeroso, os versos nascem experimentais, dançarinos e ansiosos,
rítmicos e ágeis. Os mesmos coelhos da cartola do mago de ocasião
embasbacado com a sua dádiva ao público eventual. O dado
mais interessante é que se altera a temperatura de todo o corpo e
este começa a transpirar, quase que imediatamente. No verão – por
vezes, quando manuscrevia – o lápis ou caneta caía dos dedos e o
papel sobre o qual se apoiava minha mão direita, ficava empapado
de suor, tal era a energia trespassada pelo ato de criação. Então,
tinha que trocar o papel, porque a anotação ficava ilegível... Este
quase-poema “INSINUAÇÃO”, registrado em vídeo e publicado
na página @blogrevistaoficinadoverso é um exemplar nascido sob
a regência deste processo de transe, e acompanhado por um vinho
cabernet sauvignon – o sangue da terra meu preferido – a saudar a
vida e a beleza posta no mundo, para que a enxerguemos e sigamos
em frente com alegria. Pelo vídeo, na minha voz, registra-se o rabisco,
a garatuja da INSPIRAÇÃO. Este primeiro momento serviu
como aporte inicial para o poema em seu formato definitivo – por
enquanto, porque pra mim o poema nunca está pronto.
Joaquim Moncks, Livro Oficina do Verso, Vol. I
Escreva aqui seus comentários e envie seus poemas para a nossa coluna Oficinando Versos. Seja bem vindo!
Até a próxima. Darcila Rodrigues.
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