Em verdade, através da Poesia imolamo-nos cristicamente. Um dentro do outro – no ventre do universo – em absoluto estado de pureza. E a emoção é a natural vertente. Decorre das mais inocentes dores do mundo ou em seu oposto de pequenez, maldades e perversão, e percorrem o mesmo rosto: lágrimas de paixão, alegria, indignação. De súbito, o nada previsto, anônimo e tirano... Aquelas vertigens que só os poetas percebem, sentem e estão conectados. E elas, por si próprias, instigam o mergulho no poço dos infernos de cada um para lavrar sua certidão de nascimento...
Joaquim Moncks
DA VERACIDADE DA OBRA POÉTICA
Creio que nunca saberemos da veracidade do texto poético,
porque ela não existe fora da cabeça do autor. Por tratar-se de linguagem codificada, o poema esteticamente
trabalhado fica órfão do seu primeiro momento, a inspiração. Entretanto, coexistirá a (sua) maneira no receptor, até que renasça na metáfora do poeta
grávido de Poesia.
Darcila Rodrigues
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